A produção brasileira de Walter Salles “Ainda Estou Aqui” venceu o Oscar 2025 na categoria de Melhor Filme Internacional e conquistou a primeira estatueta do prêmio para o Brasil. 

“Isso vai para uma mulher que, depois de uma perda tão grande em um regime tão autoritário, decidiu não se dobrar e resistir”, disse Salles, ao receber a estatueta. "Também vai para as mulheres extraordinárias que deram a vida a ela: Fernanda Torres e Fernanda Montenegro."

O diretor brasileiro Walter Salles posa na sala de imprensa com o Oscar de Melhor Longa-Metragem Internacional por "Ainda Estou Aqui" durante a 97ª edição do Oscar no Dolby Theatre em Hollywood, Califórnia. - Foto de Frederic J. Brown / AFP

O filme venceu uma disputa acirrada com "Emilia Pérez" (França), "A Garota da Agulha" (Dinamarca), "A Semente do Fruto Sagrado" (Alemanha) e "Flow" (Letônia).

Os brasileiros comemoraram o prêmio com o mesmo fervor de uma Copa do Mundo. Para Fernanda Torres, o filme "Traz uma reflexão importante (...) Toca o coração de gregos e troianos. Qualquer pessoa que assista ao filme pensa: 'Isso está errado, essa família não poderia ser tão perseguida'", disse.

Para Salles, o projeto "nos parecia uma chance de olhar para trás para entender de onde vínhamos. Mas, com o crescimento da extrema direita no Brasil, a partir de 2017, percebemos que também era um filme para entender o presente", ressaltou.

A premiação de Hollywood foi acompanhada ao vivo em todo o país, inclusive no Sambódromo do Rio de Janeiro, na primeira noite dos desfiles das escolas de samba.

#Com informações da AFP