O boletim de ocorrência foi protocolado na última sexta-feira (11) na 5ª Delegacia de Polícia do Distrito Federal por uma ex-funcionária do parlamentar, identificada pelas iniciais M.O.M., que trabalhou no gabinete entre 2019 e 2022, período em que Donizet já exercia mandato na Câmara Legislativa.

De acordo com o relato, Donizet teria feito convites insistentes para encontros fora do ambiente de trabalho, além de realizar toques físicos sem consentimento, como passar as mãos nos cabelos, ombros e pernas da servidora. A ex-funcionária afirma que foi exonerada após recusar um convite íntimo feito pelo parlamentar.

Tempos depois, segundo a denúncia, Donizet voltou a procurá-la, oferecendo um salário de R$ 16 mil para que retornasse ao gabinete. No entanto, a proposta envolveria a devolução de metade do valor, em espécie, a uma pessoa identificada como Adriano. “Disse que seria o segundo NÃO ao deputado, pois não me submeteria a manter qualquer tipo de relacionamento em troca de emprego ou benefício”, declarou a denunciante.

Esta não é a primeira acusação envolvendo o parlamentar. Donizet já é alvo de representação por quebra de decoro e também responde a uma denúncia criminal por crime sexual, em trâmite no Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT).

A Câmara Legislativa do Distrito Federal ainda não se pronunciou oficialmente sobre um possível afastamento do deputado. A decisão aguarda deliberação da Mesa Diretora da Casa.

Depoimento na integra da Vítima

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Manifestantes se reuniram hoje (15) no estacionamento da CDF para protestar contra as denúncias por assédio sexual registradas contra o deputado distrital Daniel Donizet. Parlamentar enfrentará mais essa investigação.