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Brasília,24/04/2025

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Exercícios físicos ajudam na prevenção, tratamento e recuperação do câncer

Carioca conta em livro autobiográfico sua história de coragem, fé, aventuras e esportes radicais, como a participação na 1ª Expedição de Alta Montanha na Bolívia, depois de superar o diagnóstico e os tratamentos de um câncer raro

Carmen Alves no cume do pico Áustria na Bolívia / Foto: Arquivo pessoal

Pacientes em tratamento de doenças graves podem fazer exercícios? A resposta para essa dúvida e o limite das atividades depende de cada pessoa e devem sempre ser acompanhados por um médico. Mas o que a ciência já comprovou é que as atividades físicas ajudam a prevenir, tratar e na recuperação de diversos tipos de câncer. No início deste ano, o Instituto Nacional de Câncer (INCA), órgão vinculado ao Ministério da Saúde, divulgou um comunicado ressaltando a importância das atividades físicas para prevenção e controle do câncer. Alinhado à Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer (PNPCC), o Instituto destacou que os exercícios são benéficos, tanto para melhorar o funcionamento do organismo quanto para a saúde mental, contribuindo para o bem-estar, a qualidade de vida, a ampliação da autonomia e a socialização. 

Para pessoas que passam ou passaram por tratamentos do câncer, como a carioca Carmen Alves, 55 anos, a atividade física tem potencial para reduzir os efeitos causados pelos remédios e terapias, além de melhorar o estado psicossocial — conjunto de necessidades sociais, emocionais e de saúde mental. Formada em Educação Física, Carmen foi diagnosticada com um câncer raro aos 19 anos, passou por inúmeros tratamentos e 11 cirurgias até alcançar a cura. Hoje, faz exercícios físicos para garantir que os músculos sustentem seu corpo, que perdeu parte da musculatura abdominal em função das cirurgias. E Carmen vai além, praticando esportes como caminhada, mergulho, paraquedismo e escalada. 

Ter uma vida plena, apesar de um câncer raro, é o propósito de vida de Carmen Alves, uma apaixonada por esportes radicais e aventuras, que participou da 1ª Expedição de Alta Montanha exclusivamente feminina na Bolívia, em 2024. A experiência exigiu meses de preparação intensa e treinos para minimizar os efeitos da altitude. Para ela, a doença nunca foi um limite. “Comprei uma máscara de treinamento tipo ‘Darth Vader’ para aumentar a força e a potência dos meus pulmões, o que melhoraria o meu desempenho”, revela. 

Apesar dos desafios – como a altitude extrema e uma infecção alimentar – ela seguiu firme em sua jornada até alcançar o cume do pico Áustria, na Cordilheira Real, a 5.350 metros de altitude. “A caminhada foi muito difícil para mim, pois os sintomas do ar rarefeito pareciam elementos de um filme de terror. Com dificuldade para respirar, sangramento no nariz e dor de cabeça, além do corpo debilitado pela infecção alimentar, cogitei desistir. Mas, como num milagre, no dia seguinte amanheci melhor e segui adiante”, relata. 

Com persistência, força de vontade e fé, Carmen conquistou mais um objetivo. “A sensação no topo da montanha é indescritível. Lá em cima, você se sente único e percebe o quão pequeno é diante da magnitude da criação. Nada é maior do que a graça e misericórdia de Deus! A paz interior e o silêncio absoluto te conectam a algo muito maior. O desejo de vencer os obstáculos e o prazer da vitória são só seus e ninguém pode tirar isso de você. Atingir o cume é o objetivo, mas o caminho percorrido até lá é o que realmente importa. E eu tenho uma certeza: eu não subi sozinha...”, reflete.

Além da escalada na Bolívia e em montanhas na Suíça, Carmen pratica outros esportes radicais de aventura como mergulho com cilindro, esqui, rapel e trekking. “A adrenalina me move, assim como o sol me rege. Eu amo aventuras como saltar de paraquedas, escalar montanhas e mergulhar, além de conhecer lugares exóticos como as Ilhas Maldivas, a Capadócia (na Turquia) e a Costa Rica”, completa Carmen.

"Lágrimas do Sol" – Um livro sobre superação: Os esportes radicais são apenas uma parte da vida de Carmen Alves, uma mulher empoderada que brilha de vitalidade, como se nunca tivesse considerado outra forma de viver. Sua história inspiradora está registrada no livro "Lágrimas do Sol", publicado pela Helvetia Editions. A obra é um testemunho poderoso sobre força emocional, resiliência e a escolha de viver plenamente, independentemente das adversidades. “A vida me atropelou em vários momentos e sempre me reergui como uma fênix. Quero compartilhar minha jornada para inspirar e acolher pessoas ao redor do mundo – não apenas aquelas que enfrentam o câncer, como eu, mas todas as que, por qualquer motivo, não enxergam sentido na vida. Desistir não é uma opção! Ser feliz é um ato de coragem, acredite!”.




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